sexta-feira, 6 de abril de 2012

O tempo fez-me mudar.



Ontem vi uma moldura que tinha no meu quarto, em Vila Real, onde estavam as pessoas que eram importantes, aquelas que queria preservar na minha vida. Naquele momento, fazia sentido tê-las por perto mesmo que, tantas vezes, só fosse por aquele retrato. Era uma segurança, naquele novo mundo. Hoje já não posso falar assim. De facto, o tempo e as pessoas ajudam-nos a ver aquilo que é valioso e insubstituível na nossa vida. Cooperam na nossa abertura enquanto pessoa e mulher, fazem-nos ver o que vale a pena e aquilo que estaria a dar demasiada inclinação. Sim, o tempo fez-me mudar, mostrou-me o que eu anteriormente não conseguiria ver e ajudou-me a ganhar mais defesas para lidar com as pessoas e com o próprio dia-a-dia. Cresci porque é assim que tinha que ser. E, nesse envolvimento, tive a graça de nunca ficar sozinha comigo mesma, mesmo errada e cega tive os melhores comigo. Não esqueço isso. Para àquelas pessoas que hoje não mantenho contacto, porque simplesmente não quero, porque o lado negativo delas está à superfície, tenho um obrigado; obrigado por serem um meio de aprendizagem, obrigado a ti, que estás a ler, que me ajudas-te a crescer. Costumo dizer que nada se perde, tudo se transforma e é bem verdade. A realidade transformou-se e o chão que piso também mudou. Vejo rosas na cidade, cheiro-as e contemplo-as. Porque, assim, faz sentido. E quando não fizer sentido saberei onde ir. Eu sou a mudança que quero em mim.

4 comentários:

  1. Respostas
    1. Joana, ainda bem que "todos" passam por isto mesmo, é sinal de aprendizagem, de amizade e de coragem. Mas nem sempre é assim...

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  2. Concordo plenamente! Quando vamos para fora percebemos, ainda melhor, quem nunca nos vai deixar! E às vezes, nem conseguimos manter muito contacto com elas, mas sabemos que estão lá :) Mas acabamos por 'perder' outras, que também nos eram muito importantes e que se afastam!

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