terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Nem eu diria melhor, juro.

«“You don’t know me and you don’t even care”. Será este o problema de muitos no dia-a-dia? Não sei ao certo porque me questiono sobre tal. (…) Aliás tenho certas dúvidas se realmente sou eu que me auto-questiono sobre tal ou se é o próprio “dia-a-dia” de cada um de vós que se encarrega de vos interrogar tal coisa!? Será que o Amor tem razão quando diz que vós não o conheceis e muito menos quereis conhecer? Ou será que o problema reside quando não vos conheceis a vós próprios? Ou então não conheceis o vosso próximo?
Não sei ao certo, como, nem o que responder. No meu dia-a-dia cada passo, a cada música sentida de visão apagada, a cada brisa em toque com o tacto, a cada segundo passado, a força que à minha volta criei em relação a tudo faz-me ver e aperceber que um só sentimento pode ter uma única razão, tanto conhecida, como desconhecida. Então como serão criados os sentimentos?
Os sentimentos são criados através de todas essas sensações. Essas sensações fazem-nos procurar algo onde elas se encontrem aplicadas a um valor material tanto primário, como secundário e por fim terciário. Uma música, uma fotografia, um aroma, uma melodia… Várias são as sensações materiais que não são, nada mais, nada menos, do que sensações sentimentais que nos levam a sentir, e claro, algo que faça correr o rouge pelas veias de forma invulgar, é um sentimento.
Mas existe um ciclo. Por exemplo: neste momento, no meu caso, as sensações fazem-me procurar música, socialismo (de socializar), fotografia, literatura, encenação, palavras, impressionismo, noites, muitas noites, provocação, sensualidade, pecado… Algo ardente… Neste momento, na junção de todas estas minhas necessidades calculadas pelo meu interior, não se encontra qualquer coisa relacionada com o “Amor”. Mas no fim, quando eu percorrer seja o que for para satisfazer esta lista loucamente intensa, a repetição da sua junção não vai causar de novo aquela efervescência que tanto nos consome e faz correr por tal. Então é aí que o meu interior me diz que já chega de libertar energias de tal modo e me indica algo como: “Precisas agora de alguém”. Nunca vos aconteceu? Ou mais uma vez vocês não se preocuparam em conhecer algo que reside convosco desde sempre? Mas esperem, isto é só metade do ciclo. A outra metade, estranhamente, reside inversamente mas da mesma forma que a outra metade do ciclo(?) Pois! E sabeis porquê? Estranhamente são as mesmas sensações que se juntam para criar variadíssimas sensações mas que se concentram num só foco. Foco esse que está traçado pelo feijãozinho de bico e que, por mais que queiras alterar o mesmo, sairás derrotado pois é impossível tal. Agora é claro: nas situações em que queres que tal não seja alterado, aí garanto-te que vais correr como louco atrás de todas as sensações e de todas as suas encarnações materiais existentes para em conclusão tirares partido, juntamente com o teu próximo, e no fundo te encontrares feliz. Mas agora o mais curioso: esta metade do ciclo não é um ciclo! É aquilo a que eu chamo de vivência! E a duração desta mesma, não só depende de ti, como de ti! Sim porque se todos nós déssemos o dobro de nós próprios não estaríamos tão preocupados com a durabilidade de uma relação mas sim do quão grande pode ser a sua qualidade e da quão intensa pode ser! E isso sim, é fantástico, e decerto não nos preocuparíamos com o seu fim e daríamos o tudo por tudo.
É por isso que não nos devemos de entregar, literalmente, de CORPO e alma. Devemos conhecer prioritariamente o que a junção das nossas sensações nos transmite, seguidamente do próximo e por fim avaliar a nossa relação.
Não concordo nada quando uma frase cheia de ódio falso (algo que é “dito da boca para fora” só porque algo ou alguém nos magoou) é lançada ao ar, porque ela mais tarde ou mais cedo, entra no ciclo da vida e quando menos esperamos: puff; ela cai-nos em cima. E aí? Cada um de nós tem de encontrar a sua força, encontrar o seu próprio ritmo e andar sempre com calma, nunca correr no início da partida porque depois o seu fim torna-se monótono. É preciso viver sim, porque ainda somos jovens. Então e que tal vivermos em conformidade? Talvez “planear” algo com a qual ambos se identifiquem e se sintam bem e evitar toda a porcaria que é lançada ao ar, todo o “ciúme”, toda a hipocrisia, toda a inveja, toda a provocação maliciosa que só nos vai fazer fechar ainda mais os olhos e fugir da noção das nossas sensações, entrar por caminhos errados ou não planeados e no fim acabarmo-nos por magoar à brava!? Há necessidade de ser assim?
Ao avançarmos, obviamente que seguimos em frente, mas devemos olhar para trás! Porquê, perguntas-me tu que nunca o fizeste porque pensavas que a melhor maneira era nunca olhar? Experimenta e no fim verás o porquê! Há necessidade sim de mudar, mudar as nossas consciências, de parar, reflectir mesmo, e no fim colocar um sorriso na nossa cara e ter a certeza de quem nós somos, porque finalmente aprendemo-nos a conhecer!»
Comentário inerente a esta reflexão de Ruben Lopes: tenho mesmo que comentar este post, este texto que me fez pensar naquilo que, de facto, eu também acredito e acho de certa forma. de tudo o que dizeste concordo. sim, é verdade que nós próprios não nos conhecemos, como é que havemos de conhecer algo tão sublime e abstracto como o "Amor". é muito difícil conhecê-lo, apenas sabemos a reacção de estarmos apaixonados por aquela pessoa. sabemos como reagimos ao possuirmos o "bichinho do amor". (...) também dizeste uma coisa acertada em relação a uma relação, é mesmo importante haver um conhecimento profundo de ambas as partes para que poçamos entregarmos de corpo e alma. pois, eu acredito que é importante que haja essa intimidade, essa entrega ao outro para que posteriormente haja frutos e para que depois do fim (porque como sabemos nada é eterno) não haja o pensamento "eu poderia ter feito mais nesta relação". sabes que mais? gostei imenso do que escreveste (...).

9 comentários:

  1. o blog anda tolo xD

    concordo com o post

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  2. Olá (:
    Desculpa mas só hoje vi o teu comentário :$
    Fico inteiramente grato e feliz por saber que as minhas palavras tenham de um certo modo aquilo que eu mesmo gostaria que tivessem: um fim.
    É bom saber que ao escrever tal, eu sinta que haverá alguém que leia o texto do ínicio ao fim e saiba compreender e reconhecer cada palavra presente nele!
    Fiquei ainda mais contente por saber que a força das palavras foi tanta que decidiste publicar algo que não é teu no teu próprio espaço! (Se fico chateado? Não! Fizeste o que tinha a ser feito, avisaste-me e citaste o seu autor! Obrigado pela seriedade :D)

    Obrigado também pelo teu comentário e não tens que pedir desculpa por tal!

    Sempre que quiseres volta ao meu blog! Um abraço :D

    Ruben Lopes

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  3. SIM CLARO. HOJE PARA MUITAS PESSOAS SÓ O EXTERIOR CONTA, O QUE ME DEIXA MUITO DESILUDIDA PORQUE O MUNDO EM VEZ DE AVANÇAR, ESTÁ PARADO.

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  4. mas para acabarem é preciso mudar e se nada muda, continua tudo na mesma

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  5. somos mais fortes do que aquilo que pensamos. não devemos pensar de maneira derrotista, matámo-nos a nós próprios. Já havia vida antes de certaz pessoas chegarem , por isso devemos voltar a ela qd essas mesmas pessoas nos apunhalam :D

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  6. claro que sim querida :) é muito mais fácil falar do que fazer. mas temos de nos agarrar a alguma coisa.

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